Pages

sábado, 19 de dezembro de 2009

Não sou escravo de ninguém

Prosseguindo com mais um dos meus bate-papos via SKYPE, conversei c/ o jornalista Norton Lima Jr. sobre um pouco de tudo e de tudo um pouco. Norton não economizou nas palavras e emitiu suas opiniões sobre Censura, Carvão, China, Carros e outras que se iniciam com outras letras: ip, twitter, passagem do tempo, liberdade, imprensa, informação e ATÉ #marcocivil e Web!

Você pode ouvir o bate-papo na íntegra utilizando o recurso abaixo ou fazer o download do arquivo MP3.

O próximo convidado foi o Gabriel Ramalho (o qual já estou ajustando o áudio) e em seguida vou falar com o Emílio Moreno.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O meio campo é lugar dos craques

Continuando o bate-papo sobre o marco civil na internet brasileira (e em parte sobre o caso recentemente vivido por Emílio Moreno) chegou a vez e a voz de Leonardo Fontes, jornalista, morando atualmente em Brasília.

Você pode ouvir o bate-papo na íntegra utilizando o recurso abaixo ou fazer o download do arquivo MP3. O próximo convidado será o Norton Lima Jr.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pra não dizer que não falei das flores

Fazia tempo que eu não escrevia. E, ao que parece, fazia tempo que você também não vinha até aqui, não é? Sinceramente, isso importa para você? Não muito, seja sincero. Aliás, como faço questão de destacar abaixo do nome desse blog, talvez esse tempo todo que fiquei sem debulhar nenhum novo texto sobre algo ocorrido nessa cidade é apenas reflexo para mim do entediante mergulho na sua rotina provinciana a qual Fortaleza luta para sair.

Em busca de vida inteligente, participei como ouvinte de um interessante debate sobre o Marco Civil na Internet Brasileira no início do mês, onde foi intessamente apresentado e discutido o projeto básico contendo um conjunto de regras de responsabilidade civil para provedores e usuários, medidas para preservar a liberdade de expressão e a privacidade, princípios e diretrizes para garantir o bom funcionamento da internet, etc., etc. e etc. mas como em cada um desses "etc" pode habitar um desalmado capêta on-line em forma de guri, decidi então gravar, via Skype, com alguns colegas e amigos da área, bate-papos sobre o marco civil, no intuito de amplificar esse debate inicial.

O primeiro convidado é o Glaydon Lima. Você pode ouvir o bate-papo na íntegra utilizando o recurso abaixo ou fazer o download do arquivo MP3. Espero que goste. O próximo convidado será o Leonardo Fontes.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Pega o telefone, liga pra esse homem, diz que é pra ele... Reinventar!

Por volta dos 25 minutos do excelente filme Sociedade dos Poetas Mortos, de 1989, o Sr. Keating diz para uma turma de alunos aborrecidos com o longo caminhar inútil de suas vidas pré-formatadas:


Aproximem-se!

Não lemos nem escrevemos
poesia porque é bonitinho.
Lemos e escrevemos poesia
porque somos humanos.
E a raça humana está repleta de paixão.


Duas coisas me emocionaram pra valer na internet: A primeira vez que eu acessei um website em 1995 e vi as informações chegando lentamente por aquela rede mundial até então desconhecida e a segunda foi nesse dia 16 de junho de 2009, ao testar o novo Opera Unite, no qual fiz o caminho inverso: Amigos meus, de várias partes do mundo, acessaram juntos diversas pastas contendo arquivos dos mais variados que disponibilizei em meu micro comum de mesa, após uma configuração feita com poucos cliques de mouse. Alguns preferiram ouvir as minhas músicas favoritas. Outros, acessaram fotos que eu havia tirado minutos antes, outros ainda desbravavam um pequeno website que criei para testes e outros deixavam recados em forma de pequenos post-its eu meu micro. Bits e bytes indo e vindo, livres, dessa forma, é a poesia do século 21.

E tudo graças a um browser que nunca foi tão badalado assim mas que eu sempre apontei como de imenso potencial: O Opera. De uma só tacada, ele deixou todos os concorrentes para trás.

A nova versão 10.00 beta compatível com Windows, Linux e Mac, converte o seu computador pessoal em servidor de arquivos para distribuição de conteúdo direto via web. Com isso, seu micro passa a servir fotos, textos, vídeos e muito outros recursos para seus amigos, clientes, colegas de trabalho, familiares, não importando onde você esteja. Não há limite de tamanho. O seu computador pessoal é o servidor e dela os arquivos vão diretamente para o computador de quem estiver acessando. Basta se conectar, abrir o browser, fazer o login no serviço e escolher o quê e por quanto tempo compartilhar, limitando o acesso com senhas ou não. Você informa o endereço a pessoa interessada e pronto. É de uma simplicidade absurda!

Caso você não queira usar o recurso, não se preocupe. Basta não habilitá-lo. Siga em frente usando o browser para acessar websites. Afinal, ele é um browser e claro que você pode usá-lo justamente como o que todos os concorrentes se tornaram agora: Apenas browsers.

A história do Opera com a internet não é de hoje: Começou em 1994 com uma pesquisa de projetos na Telenor, a maior companhia de telecomunicação da Noruega. Foi dos projetistas da empresa a idéia de usar abas no navegador (recurso copiado depois por todos) sem falar que o Presidente de tecnologia deles é tão somente o inventor do CSS, as folhas de estilo onde são definidas as regras de formatação de uma página web.

Cheguei ao trabalho nesse dia bem cedo, mas do que costumo chegar até, só para descobrir os motivos pelos quais o Opera havia anunciado dias atrás que iria "sacudir a internet", nas minhas palavras ou "Reinventá-la", nas palavras deles. Mas eles fizeram mais do que isso. Fizeram algo apaixonante para os humanos. Fizeram poesia, de graça e para todos! O personagem do Sr. Keating estava certo.

Para conhecer o Opera Unite acesse http://unite.opera.com
Para ouvir a música que dá título a esse post, acesse aqui.

sábado, 23 de maio de 2009

Como criança que vai viajar

- Muito frio, né? Dormi com 6 cobertores e 4 meias de noite!

A pequena voz me pareceu um pouco alta demais dentro daquele elevador cinza. De olhar fixo e brilhante, encostou-se em uma das paredes e ficou falando comigo de forma intermitente entre o 9º andar e o térreo. O deslocar lento do elevador favorecia esse quase-monólogo.

Dizia ela, com seus 9, 11 anos, talvez, que estava indo passar o fim de semana na serra e levava consigo cobertores e meias extras, pois se em Fortaleza estava frio a noite quanto mais em Guaramiranga. Olhei rapidamente para seus pés e comprovei que a verdade sempre vem com os sapatos. Completamente fechados, contrastavam com os chinelos que eu usava. No 7º andar disse que entraria na faculdade de veterinária para ajudar todos os animais do mundo. Disse ainda que estava preocupada com o aquecimento do planeta e que tinha feito um trabalho sobre isso na escola. Trabalho premiado, ressaltou. No 3º andar, quase chegando, acrecentou que se não pudesse ser veterinária, seria ecologista. Não porque está na moda mas porque assim poderia ajudar além dos animais, as pessoas também. Preocupada com a vida em nosso planeta azul, disse que já sonhou em colocar todos os animais em um foguete e recomeçar a vida em outro planeta porque o nosso, segundo ela, está ficando meio complicado...

No térreo, ao abrir a porta, olha pela última vez para a mim e pergunta o que eu queria ser quando eu era criança. Sorrindo, digo rapidamente que queria ser astronauta. Sorrindo também, ela completa: Ôôô! Que legal! Teria dado para você levar os meus bichos.

Para ouvir a música que dá título a esse post, acesse aqui.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

É que a televisão me deixou burro muito burro demais

Anunciada com o tradicional estardalhaço provinciano de sempre, Fortaleza se tornou oficialmente a 18º cidade brasileira em que a TV Digital chegou, carente e banguela, similar a uma parte da população. É risível ver algo assim sendo alardeado como revolução tecnológica quando o que se vende, na prática, é apenas a melhoria da imagem e do som. Interatividade? Espere. Você não esperou até agora? Então espere mais. É claro que eu sei que você já comprou antes de todo mundo uma linda TV FULL HD de 50 polegadas, fininha como a chuva que molha nossas manhãs, avisou todos os seus amigos, promoveu uma festança e dizia em alto e bom som para quem chegava em sua casa: "Tira a sandália que tu pisas, porque a terra aqui é santa! Eu tenho o sinal digital!". Mas então, entre comes e bebes, alguém pergunta: "Gostei da imagem e do som, mas... e a interatividade?" Chôro e ranger de dentes. A interatividade está em fase de testes e testes esses experimentais. Mas para quê se lastimar, se a imagem e o som melhoraram? Comemore, fortalezense! Você faz parte desse momento histórico!


Era fevereiro de 2008 quando eu dei uma entrevista para o Leonardo Fontes em seu blog e umas das perguntas era o que eu esperava da TV Digital no Brasil. Confirmei a data com ele a pouco, em uma rápida conversa via Skype. Respondi na época que, da forma como estava sendo proposta, eu não esperava nada da TV Digital porque a interatividade, o filé mignon, o que de fato valeria a pena pagar o preço, não seria servido. Eis que o banquete é agora posto a mesa um ano depois e nada do filé, nem do contra-filé e nem mesmo da maminha. Interativade na TV Digital é só uma bela promessa. E até lá vão querer empurrar, em ritmo de conta-gotas, só o básico do básico, algo bem diferente do que já poderíamos ter hoje! E isso, amigo, em pleno século 21 é algo revoltante!

A televisão brasileira, com raras exceções, sempre nos deixou e continua nos deixando burros demais. Agora, resolveram ampliar isso. Além de burro, fazem você de palhaço, só que em alta definição. E ainda te vendem a fantasia. Você vai vestir?

sábado, 2 de maio de 2009

Chove lá fora e aqui, faz tanto frio...

Por entre o grande emaranhado de fios que entrecortavam postes de iluminação e cinzentos semáforos da chuvosa manhã que mal começara no cruzamento das Avenidas Virgílio Távora c/ Dom Luís, pararam ali diversas pessoas e ficaram a contemplar o imenso mostrador digital que em tantos outros dias se tornava mais um na multidão. Do carro, eu tudo via e ouvia. Incrédulos comentários rápidos. Isso está correto? questionou um passante. Puxa, frio mesmo!, disse um segundo. Sinal vermelho, registrei rapidamente de forma sequenciada a cena:

Sinal verde e a vida seguiu lentamente para mim naquele asfalto rigorosamente molhado e com buzinas mal-educadas vindas de todas as direções. Em meu pensamento agora a lembrança que em algumas cidades e mesmo em países inteiros, aqueles meros 21ºC de temperatura seriam tidos como algo normal e corriqueiro mas jamais aqui, na Fortaleza até então cortejada pelo sol. Aqui os 21ºC alteraram, ao menos por alguns rápidos momentos, não só o dia mas a rotina do vai-e-vem diário daquelas pessoas que se encontravam naquela esquina e olharam para o alto, ao mesmo tempo.

sábado, 18 de abril de 2009

Veja o sol dessa manhã tão cinza

E ele tentou surgir mesmo com a tal Zona de Convergência Intertropical, um dos nomes mais bonitos que os estudiosos do tempo têm para dizer que sim, vai chover e muito! Ele tentou surgir, e, de certa forma já contrariado, como se precisando de auto-afirmação: "Aqui estou e isso aqui é meu, Dona Zona." Era cedo da manhã quando registrei a tentativa:



Mas o sol perdeu a luta nesse dia e continuou perdendo em tantos outros...

Sair de casa então sempre será uma surpresa porque você não sabe por quanto tempo ele irá conseguir lutar mas decidir ficar em casa mais alguns momentos e ligar a TV para passar o tempo é não ter surpresa alguma quando você vê e ouve o mesmo blá-blá-blá de sempre, que Fortaleza não tem estrutura para suportar tanta chuva mas que não se preocupem amigos que todos os buracos serão tampados assim que possível.

Enquanto essas devidas correções não vêm e sol continuar precisando de auto-afirmação, o jeito é não desistir. Reúna então todo o seu espírito aventureiro, tal qual como no programa "À PROVA DE TUDO" e sáia de carro. O que seria uma simples ação se transformará antes do primeiro quarteirão irregular, com o meio-fio encoberto pela água, quase sumindo como as promessas vazias de nossos políticos locais, uma aventura mais incrível que o ocorre nas noites do Discovery Channel. Veja mais algumas fotos:

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Quem sabe podemos fazer uma pizza?

- Vai logo na Plaza!

Com a indefinida situação climática tomando conta das ora húmidas ora abafadas noites fortalezenses, foi um sábia decisão essa de passar mais um sábado em casa, acompanhado da dupla dinâmica pizza + vinho. Mas eu tinha que complicar. Não queria ir em um lugar para comprar o primeiro item para depois ter que me deslocar para outro lugar e comprar o segundo. Não. Queria comprar tudo no mesmo lugar, sendo que...

- Ainda tá aí parado? Na Plaza têm!

... tinha que ser pizza de tomate seco com rúcula, massa fina, feita na hora e comigo selecionando a quantidade e a disposição de cada ingrediente. O vinho seria um Cabernet brasileiro, da tradicional Casa Valduga, armazenado corretamente na posição horizontal. Para complicar ainda mais a missão só tinha comigo no momento o singelo capital de uma já desbotada nota com a figura de uma onça–pintada que dormia, há dias, no bolso esquerdo daquela surrada bermuda jeans.

- Alôôô? Quer que eu desenhe? PLAZA!

Vencido pela minha insistente e faminta consciência, fui até a PLAZA, esse exemplo de bom atendimento ao cliente localizado na Av. Santos Dumont nº 5570 e que se apresenta como padaria mas que é muito mais que isso. Atendeu a cada uma de minhas exigências em troca de um onça que havia saltado, feliz, do meu bolso para a caixa registradora da empresa. Veja as fotos:



sexta-feira, 27 de março de 2009

As coisas aconteciam com alguma explicação

Não é de hoje que no meu giro diário pela WEB é cada vez mais difícil encontrar algo que me prenda a atenção. Decerto, porque já vi tantas coisas nos mais variados formatos, é verdade, mas noto friamente que depois do advento da tal WEB 2.0, palavrinha marketeiramente mal-utilizada por quem se acha no direito de querer rotular algo que nunca poderá ser rotulado, a WEB se tornou um pouco mais chata, mais quadrada, caretassa mesmo em alguns casos até, com pouco espaço para a expressão artística e experimentações interativas puras, coisa que era bastante comum, anos atrás.

Mas, eis que me deparo com uma fascinante releitura on-line de algo que eu gosto de fazer até hoje: desenhar enquanto ouço uma canção.

Despudoramente todo feito em FLASH e sem se preocupar a mínima com a conexão de quem está do outro lado, o site http://soytuaire.labuat.com/ da bela Virgina Maestro convida você a pegar o pincel virtual e pintar o que você quiser, acompanhado da também bela música-tema. O que irá surgir será relacionado ao seu estado emocional na hora e de como você será impactado pela experiência em si. Ou seja, não há como se repetir. Basta um clique na imagem abaixo para você se libertar, por alguns momentos, do lugar-comum.

Se gostou da música utilizada pelo site, eis quem a canta:

Ou com uma melhor qualidade de imagem aqui.

quarta-feira, 4 de março de 2009

You say ONE love, ONE life...

Fato raro (mas imensamente louvável) em Fortaleza, uma loja de música abrir fora do horário convencional para o lançamento de um CD. Aliás, duas coisas cada vez mais raras: CD e loja de música. Mas aconteceu, enfim, e lá estava eu devidamente posicionado por volta das 23:30h de ontem na loja DESAFINADO da Av. Dom Luís aguardando o lançamento oficial do novo CD do U2, da qual sou fã desde os 13 anos de vida. Sim. A matemática é simples, amigos. Acompanho a jornada musical dessa banda há exatos 25 anos.

E nem mesmo a chuva fina que começa a cair timidamente com a chegada da madrugada conseguiu conter os ânimos da entusiasmada turma que chegava para mais um evento organizado pelo fã-clube local U2 FORTALEZA, com direito a show de banda cover, novas músicas executadas a meia-noite-e-um de hoje e cantadas por todos. Parecia até que estava novamente no show, no meio da pista. Foi muito legal!

Num dos intervalos, lembrei por um instante de quando era garoto e cantarolava baixinho algumas dessas belas canções sozinho, em casa, com um fone de ouvido gigantesco acoplado a um pequeno aparelho de som, solitário, para não incomodar ninguém, no canto da sala. Cantava e olhava para o então rodopiante LP de vinil sempre sofrendo com a pressão que a agulha lhe exercia. O tempo voava. Ouvir U2 no início dos anos 80 era um pouco assim. Pouca gente conhecia, revistas sobre a banda eram escassas, jornal nem sabia o que era, a FM não tocava e, claro, não havia Internet para corrigir essas falhas das caquéticas e limitadas mídias off-line. Mas eu me virava e enchia o saco do vendedor da TOK-DISCO quando chegava algum material novo.

Curioso notar como o que é realmente genuíno sobrevive ao tempo e se chama U2.