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terça-feira, 16 de junho de 2009

Pega o telefone, liga pra esse homem, diz que é pra ele... Reinventar!

Por volta dos 25 minutos do excelente filme Sociedade dos Poetas Mortos, de 1989, o Sr. Keating diz para uma turma de alunos aborrecidos com o longo caminhar inútil de suas vidas pré-formatadas:


Aproximem-se!

Não lemos nem escrevemos
poesia porque é bonitinho.
Lemos e escrevemos poesia
porque somos humanos.
E a raça humana está repleta de paixão.


Duas coisas me emocionaram pra valer na internet: A primeira vez que eu acessei um website em 1995 e vi as informações chegando lentamente por aquela rede mundial até então desconhecida e a segunda foi nesse dia 16 de junho de 2009, ao testar o novo Opera Unite, no qual fiz o caminho inverso: Amigos meus, de várias partes do mundo, acessaram juntos diversas pastas contendo arquivos dos mais variados que disponibilizei em meu micro comum de mesa, após uma configuração feita com poucos cliques de mouse. Alguns preferiram ouvir as minhas músicas favoritas. Outros, acessaram fotos que eu havia tirado minutos antes, outros ainda desbravavam um pequeno website que criei para testes e outros deixavam recados em forma de pequenos post-its eu meu micro. Bits e bytes indo e vindo, livres, dessa forma, é a poesia do século 21.

E tudo graças a um browser que nunca foi tão badalado assim mas que eu sempre apontei como de imenso potencial: O Opera. De uma só tacada, ele deixou todos os concorrentes para trás.

A nova versão 10.00 beta compatível com Windows, Linux e Mac, converte o seu computador pessoal em servidor de arquivos para distribuição de conteúdo direto via web. Com isso, seu micro passa a servir fotos, textos, vídeos e muito outros recursos para seus amigos, clientes, colegas de trabalho, familiares, não importando onde você esteja. Não há limite de tamanho. O seu computador pessoal é o servidor e dela os arquivos vão diretamente para o computador de quem estiver acessando. Basta se conectar, abrir o browser, fazer o login no serviço e escolher o quê e por quanto tempo compartilhar, limitando o acesso com senhas ou não. Você informa o endereço a pessoa interessada e pronto. É de uma simplicidade absurda!

Caso você não queira usar o recurso, não se preocupe. Basta não habilitá-lo. Siga em frente usando o browser para acessar websites. Afinal, ele é um browser e claro que você pode usá-lo justamente como o que todos os concorrentes se tornaram agora: Apenas browsers.

A história do Opera com a internet não é de hoje: Começou em 1994 com uma pesquisa de projetos na Telenor, a maior companhia de telecomunicação da Noruega. Foi dos projetistas da empresa a idéia de usar abas no navegador (recurso copiado depois por todos) sem falar que o Presidente de tecnologia deles é tão somente o inventor do CSS, as folhas de estilo onde são definidas as regras de formatação de uma página web.

Cheguei ao trabalho nesse dia bem cedo, mas do que costumo chegar até, só para descobrir os motivos pelos quais o Opera havia anunciado dias atrás que iria "sacudir a internet", nas minhas palavras ou "Reinventá-la", nas palavras deles. Mas eles fizeram mais do que isso. Fizeram algo apaixonante para os humanos. Fizeram poesia, de graça e para todos! O personagem do Sr. Keating estava certo.

Para conhecer o Opera Unite acesse http://unite.opera.com
Para ouvir a música que dá título a esse post, acesse aqui.