
Antigamente havia uma espécie de ingenuidade natural naquele pessoal pulando e gritando coisas sem nexo, atrás de um caminhão gigante, motivados por uma percussão suadamente extremada. Curioso tédio. Passei então anos sem prestar atenção no Fortal e nos seus rumos. Ontem, ao deixar o trabalho, ouvi o zum-zum-zum no elevador e lá estava o gigante se formando. Ligo a TV e vejo uma esbaforida repórter da TV Diário informando tudo o que acontecia, até que, em determinado momento, ocorria, segundo ela, o ápice do evento: a entrega da medalha Boticário Ferreira, da câmara municipal de Fortaleza, para o vocalista do Chiclete com Banana. E com direito a discurso político e tudo... mas, peralá... Algo havia se perdido. Esse era o "ápice" do Fortal? Sem desmerecer o mérito, até porque eu não conseguir ouvir nada o que o nobre vereador que entregava a comenda dizia, mas se esse é o "ápice" eu preferia o tédio (mas divertidamente curioso) do que era antigamente...