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sexta-feira, 27 de março de 2009

As coisas aconteciam com alguma explicação

Não é de hoje que no meu giro diário pela WEB é cada vez mais difícil encontrar algo que me prenda a atenção. Decerto, porque já vi tantas coisas nos mais variados formatos, é verdade, mas noto friamente que depois do advento da tal WEB 2.0, palavrinha marketeiramente mal-utilizada por quem se acha no direito de querer rotular algo que nunca poderá ser rotulado, a WEB se tornou um pouco mais chata, mais quadrada, caretassa mesmo em alguns casos até, com pouco espaço para a expressão artística e experimentações interativas puras, coisa que era bastante comum, anos atrás.

Mas, eis que me deparo com uma fascinante releitura on-line de algo que eu gosto de fazer até hoje: desenhar enquanto ouço uma canção.

Despudoramente todo feito em FLASH e sem se preocupar a mínima com a conexão de quem está do outro lado, o site http://soytuaire.labuat.com/ da bela Virgina Maestro convida você a pegar o pincel virtual e pintar o que você quiser, acompanhado da também bela música-tema. O que irá surgir será relacionado ao seu estado emocional na hora e de como você será impactado pela experiência em si. Ou seja, não há como se repetir. Basta um clique na imagem abaixo para você se libertar, por alguns momentos, do lugar-comum.

Se gostou da música utilizada pelo site, eis quem a canta:

Ou com uma melhor qualidade de imagem aqui.

quarta-feira, 4 de março de 2009

You say ONE love, ONE life...

Fato raro (mas imensamente louvável) em Fortaleza, uma loja de música abrir fora do horário convencional para o lançamento de um CD. Aliás, duas coisas cada vez mais raras: CD e loja de música. Mas aconteceu, enfim, e lá estava eu devidamente posicionado por volta das 23:30h de ontem na loja DESAFINADO da Av. Dom Luís aguardando o lançamento oficial do novo CD do U2, da qual sou fã desde os 13 anos de vida. Sim. A matemática é simples, amigos. Acompanho a jornada musical dessa banda há exatos 25 anos.

E nem mesmo a chuva fina que começa a cair timidamente com a chegada da madrugada conseguiu conter os ânimos da entusiasmada turma que chegava para mais um evento organizado pelo fã-clube local U2 FORTALEZA, com direito a show de banda cover, novas músicas executadas a meia-noite-e-um de hoje e cantadas por todos. Parecia até que estava novamente no show, no meio da pista. Foi muito legal!

Num dos intervalos, lembrei por um instante de quando era garoto e cantarolava baixinho algumas dessas belas canções sozinho, em casa, com um fone de ouvido gigantesco acoplado a um pequeno aparelho de som, solitário, para não incomodar ninguém, no canto da sala. Cantava e olhava para o então rodopiante LP de vinil sempre sofrendo com a pressão que a agulha lhe exercia. O tempo voava. Ouvir U2 no início dos anos 80 era um pouco assim. Pouca gente conhecia, revistas sobre a banda eram escassas, jornal nem sabia o que era, a FM não tocava e, claro, não havia Internet para corrigir essas falhas das caquéticas e limitadas mídias off-line. Mas eu me virava e enchia o saco do vendedor da TOK-DISCO quando chegava algum material novo.

Curioso notar como o que é realmente genuíno sobrevive ao tempo e se chama U2.