
Do segundo bloco em diante, quando o debate se tornou um debate de fato, foi notável o nervosismo de cada candidato. Falta de preparo? Ou de excesso de preparo? Stress na reta final? Não sei, mas eu esperava bem mais desenvoltura de quem pretende se tornar Prefeito(a). Começam então as aguardadas perguntas e tanto nas de temas livres como nas de temas escolhidos, apesar de tudo girar em volta dos mesmos assuntos desde que o pai do meu pai se entendia por gente, surgiram bons questionamentos e até algumas boas respostas, mesmo com o tempo escorrendo por entre os dedos, microfone cortado e cara de "vixe, lascou!" preenchendo toda a tela. Já as perguntas pré-gravadas por convidados, algumas boas, outras extremamente vagas, poderiam ter sido melhor selecionadas mas acabaram contribuindo para que algumas máscaras caíssem e outras fossem colocadas. E nada mais abusivo para com o eleitor do que utilizar do tempo de uma pergunta para, na réplica mudar completamente o rumo e na tréplica levar a discussão para outro lugar! Esse tipo de artimanha deveria ser banida por quem se julga um político sério, pois é muito pior do que fazer um pedaço de papel saltar na tela, como alguns exibiram, enquanto outros "pescavam" textos e frases por debaixo das bancadas. Lamentável.
Confesso tristemente que, fazia muito tempo (muito mesmo!) que eu nunca me sentia assim tão desmotivado a votar em uma eleição para prefeito na cidade que nasci e moro. E ainda ter que votar para vereador, com seus quase 900 candidatos gritando que os meus problemas são os problemas deles e outras tantas frases de efeito e lugares-comuns. Enfim, dia 5 de outubro vêm aí, portanto, lembre-se da simpática Mariana, aquela que já está a 4 anos dando voltas e mais voltas. E isso é muito tempo.